Eu sou daquele
tipinho que se faz de surda quando o assunto é o chopp depois do expediente. Daquele
tipinho que foge dos programas que a maioria das pessoas definiria como “happy
hour”. Talvez muitos nunca tenham
entendido o porquê.
Talvez só entendam meus motivos
quando tiverem alguém que os espera ansiosamente e que quando o vê lá de longe sai correndo e gritando: “mamãããããããee,
você veio!”. É o auge do meu dia. Entra no carro e desanda a contar como foi
sua tarde, o que comeu no lanche, qual musiquinha cantou, qual
coleguinha faltou e do que quer brincar quando chegar em casa. Essa é a única definição de happy hour
nesse momento da minha vida.
Eu acredito que com o tempo eu vou voltar a ter uma vida social mais parecida com a da maioria das pessoas que eu conheço, mas ainda não é a minha hora. Não estou abandonando os amigos, mas nesse momento tenho um novo melhor amigo e estar com ele virou meu único programa preferido. Os amigos são bem vindos onde ele puder estar junto, quando der pra conciliar, mas ele ainda é a minha prioridade absoluta. Não me convide, se for um convite só pra mim no meu horário de estar com ele, se não quiser ouvir um “não”.
Ter filhos, pra mim, não é um
fardo que eu gostaria de me livrar sempre que possível. Não é nenhum sacrifício, é uma questão de prioridades. Por isso, por favor, não fique com pena de mim
quando eu disser que não tenho com quem deixá-lo. Talvez eu só não queira deixá-lo.
Perfeito!
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