domingo, 23 de março de 2014

O parto do Otto

2h da manhã. Uma cólica. Fraca. Eu estava dormindo, acordei com o barulho do Julio se preparando pra dormir. Será? Sempre me falaram que quando fosse realmente a hora eu saberia, então se eu não tinha certeza, provavelmente não era. Volto a dormir. Outra cólica. Era a hora. Chegou o momento que eu esperei tanto. Mas vai demorar, claro. Vou tentar dormir. Mais uma. Como eu esperei sentir aquilo, difícil até de acreditar que o momento chegou. Preciso marcar o intervalo das contrações. Irregulares, bem espaçadas, dor muito suportável, vai demorar muito. Queria dormir, mas não conseguia. No auge de uma contração o Julio acorda e percebe que estou com dor.

“Tá tudo bem? Tá com dor?”
“Contrações, mas estão bem irregulares, pode dormir porque vai demorar.”
“Mas, como assim? Já é contração de parto?”
“É, mas é só o começo, pode demorar muito. Não se preocupe que eu estou bem.”

As dores foram ficando mais intensas, mais próximas, mas ainda sem ritmo. Fui pro banho. Tomei banho com a luz apagada, pra não despertar, queria voltar a dormir ainda. A água morna caindo na lombar aliviava toda a dor.

3h. Volto pra cama, sem roupa, enrolada na toalha. As dores agora vinham com mais força e com mais frequência, mas ainda sem ritmo.

“Ainda tá doendo?”
“Tá. Mas pode dormir, não vai acontecer nada antes de amanhecer”

……..

Contração, contração, contração.

……..

“Está vindo com mais frequência, né? Será q não é a hora de ir pra maternidade?”
“Não, não é assim, Julio. Só vou quando estiver insuportável.”

[Eu queria ir pra maternidade o mais tarde possível porque normalmente o trabalho de parto evolui melhor e é mais rápido em um ambiente em que a parturiente se sente segura. Com muitas mulheres o trabalho de parto acaba estacionando quando a mulher chega na maternidade. Aí, inevitavelmente, ela acaba sendo sujeita a intervenções médicas para acelerar o parto, o que aumenta a dor e também os riscos, especialmente pra quem, assim como eu, teve uma cesárea prévia.]

…….

4h40. Escuto um “ploft”, como se fosse um bexiga estourando. Levanto rápido e instintivamente coloco a toalha no meio das pernas. Era a bolsa estourando. A toalha era branca, deu pra ver que a água estava escura. Meu obstetra havia me alertado a observar a cor da água, se a bolsa rompesse em casa. “Caso seja clara fique tranquila e observe as contrações. Caso seja escura, me ligue imediatamente.” Era escura.

[A água fica escura pelo cocôzinho do bebê, o que pode indicar que ele está em sofrimento. Embora somente este fato não signifique nada isoladamente, é preciso avaliar outras coisas para afirmar, como o batimento cardíaco fetal]

“Julio, a água. A água esta escura.”
“E agora? Vamos pro hospital!?”
“Calma, vamos ligar pro Dr. Alvaro.”


“Não atende, Vanessa! Melhor a gente ir pro hospital!

[Nessa hora eu senti medo. Eu sabia que a água escura não era um bom sinal, meu bebê poderia estar em sofrimento, eu precisava fazer alguma coisa. Mas eu também sabia que chegar numa maternidade cesarista com bolsa rota, água escura, provavelmente sem dilatação e sem o meu obstetra… pfff… era cesárea de emergência mesmo que estivesse tudo bem com a gente! Mas ok, vamos. Eu realmente não contava com aquela água escura. Perdi o chão. Mas eu não poderia colocar meu bebê em risco. Dane-se o meu parto.]

As contrações ficaram muito fortes depois de romper a bolsa. Mal conseguia andar. Ajoelhava no chão. Uma contração atrás da outra, poucos segundos pra respirar. Desço e sigo em direção ao carro, parando a cada contração. A dor é bem forte, começa nas costas e irradia para o baixo ventre. Eu massageava a lombar numa tentativa em vão de aliviar um pouco. Totalmente em vão. Mas a dor não é constante, é como uma onda, começa leve e vai aumentando até o ponto que você pensa que não vai mais aguentar, ai ela começa a diminuir e some completamente. E você ganha alguns segundos pra respirar e se preparar pra próxima.

O trajeto até a maternidade é longo, uns 6 km, mas nessa hora eu já não estava mais nesse plano. A dor intensa tira a racionalidade, leva a gente pra um estado de consciência diferente.

Chegando na maternidade o Julio foi fazer o internamento e eu de cócoras no meio do corredor tentando achar uma posição que aliviasse, em vão. Escutei alguém gritando chamando uma enfermeira. Me levaram pra sala de triagem. Aí começou a minha luta contra o falido sistema obstétrico tradicional brasileiro. 

[O sistema tira da mulher o protagonismo do parto, tira da mulher a confiança no seu corpo, infantiliza a mulher a ponto de fazê-la acreditar que não é capaz de parir sem intervenção médica, que seu corpo é defeituoso. Um sistema que leva diariamente milhares de mulheres para uma grande cirurgia, desnecessariamente. A maioria destas mulheres queria parir, mas a série de erros e violências que ela sofre desde que dá entrada na maternidade a fazem ter certeza de que ela não é capaz. E pior, que foi “salva” pela cesárea. Eu não queria mais fazer parte dessa estatística.]

“Tá de quantas semanas?”
“41”
“Bolsa rota?”
“Sim”
“Deita na maca que o obstetra já está vindo te avaliar”
“Não consigo deitar, prefiro ficar aqui. Me dá um copo d’agua?”
“Não pode tomar água, preciso que você deite pra ele te examinar”
“ok”

Chega o obstetra plantonista. Ouve o coraçãozinho do bebê, tudo bem. Faz o toque, sete centímetros.

“É teu primeiro filho?”
“Não, segundo”
“O primeiro foi parto ou cesárea?”
“Cesárea”
“E esse vai querer cesárea também?”
“Não”
“Ok, estamos tentando falar com o teu obstetra, enquanto isso vamos pro centro obstétrico”
“Eu preferia esperar meu médico chegar no quarto”
…risos da equipe plantonista…
“Não dá, mãezinha”
“senta na cadeira de roda pra eu levar você, mãezinha”
“eu prefiro ir andando”
“você não vai conseguir”
“eu não vou sentar, eu vou andando!!”

[Chamar a parturiente de "mãezinha" ao invés de chamá-la pelo nome, dizer o que ela não vai conseguir fazer, são exemplos de como se infantiliza uma mulher. Mulheres infantilizadas têm medo, se sentem incapazes. Não seria mais honesto encorajar a mulher neste momento?]

O Julio foi fazer a papelada do internamento e eu fui pro Centro Obstétrico. Fomos direto pra sala de parto, que sinceramente deveria se chamar “sala de cirurgia” porque não é uma sala preparada para parto, absolutamente. É perfeita pra te operarem, não pra você parir.
A enfermeira me ofereceu analgesia, eu não quis. Pediu pra que eu deitasse que meu médico logo chegaria e saiu da sala. Não deitei, fiquei acocorada no chão, era a posição que me deixava mais confortável.

[A posição horizontal é a menos indicada para o parto normal, porque é contra a gravidade, além de aumentar muitíssimo a dor. O mais indicado é que a parturiente fique na posição que ela escolher. Só durante o trabalho de parto ela consegue saber como quer ficar. Ficar na posição que se sente mais confortável diminui drasticamente a chance de laceração.]

Entraram duas enfermeiras na sala conversando entre si, mexendo em agulhas, acessos, etc. Uma fala pra outra “eu trouxe o sorinho, será que ela vai querer, porque não quis nem analgesia…” Eu me meti na conversa dizendo que não queria. Elas saíram da sala.

[O "sorinho" é ocitocina sintética, usado para acelerar as contrações e fazer o trabalho de parto durar menos tempo. Quando se usa o sorinho a dor aumenta desumanamente, além de não ser indicado para quem tem uma cesárea prévia, já que faz o útero se contrair artificialmente, aumentando o risco de ruptura uterina devido a cicatriz da cesárea.]

Voltaram pedindo pra que eu deitasse na maca.

“Moça, deite na maca, pela posição que você está o teu bebe está quase nascendo, é melhor você deitar”
“Eu não consigo deitar, prefiro ficar assim!”

Continuo ali no chão, acocorada e sozinha. Peço pra chamarem meu marido.

“Calma, ainda não é a hora, quando estiver nascendo ele vem”

A enfermeira insiste que eu preciso deitar na maca, eu me nego.

“Se você não deitar na maca teu bebê vai nascer e cair de cabeça no chão, você quer isso?”
“Se é só essa a ajuda que você pode me dar, eu dispenso… pode me deixar aqui sozinha que eu sei o que é melhor pra mim e pro meu filho”

[Tudo que eu precisava nessa hora era acolhimento, era incentivo, era alguém pra me falar que estava tudo bem e que tudo daria certo, não alguém me dizendo q meu filho cairia no chão. Fui muito grossa com a enfermeira nessa hora e não me arrependo.]

Ela sai da sala e eu fico sozinha de novo.

Entra o obstetra plantonista

“Eu preciso que você deite na maca porque não vai dar tempo do teu medico chegar então eu vou fazer o teu parto”
“Eu já falei que não vou deitar e eu não preciso que você faça o meu parto, eu sei o que fazer e farei sozinha”

[Essa frase "fulano fez meu parto" sempre me incomodou. Em condições normais o médico não faz nada, quem faz todo o trabalho é a mulher.]

Ele não ficou muito contente, mas não insistiu. Sentou e ficou só me olhando. Tive outra contração forte e gritei algo como “aaiii, me ajude”… o obstetra falou “ué, você não disse que sabia o que fazer e faria sozinha?”

Passada a dor, me vi sozinha novamente na sala.

Comecei a sentir uma vontade imensa de empurrar, de fazer força. Incontrolável. A dor sumiu totalmente, só sentia uma pressão no assoalho pélvico e minha barriga baixou assustadoramente. Saiu o tampão mucoso, bem maior e mais cheio de sangue do que eu imaginava. A cada contração eu empurrava e sentia a cabecinha coroando e voltando.

“Vai nascer, chama meu marido!!!”

Entraram o médico e as enfermeiras novamente.

“Moça, é sério, você não pode ter esse bebê aí no chão, eu vou te ajudar a subir na maca, não precisa deitar se não quiser, mas suba na maca!”

“ok, mas eu não vou deitar…”

Nessa hora lembro que olhei bem pra cara do médico e disse:

“Doutor, eu não quero episio, de jeito nenhum!”
“Tudo bem, mas suba na maca”

[Episiotomia é o corte feito no períneo para supostamente facilitar a saída do bebê. As evidências cientificas mostram que nenhuma episio é necessária, porque não ajuda em nada, não previne laceração já que é pior que uma laceração. Episiotomia é crueldade, é mutilação genital. Porém, a maioria dos médicos a faz sem ao menos consultar a parturiente.]

Subi na maca e fiquei de cócoras. Pedi pra chamarem o Julio. Me deixaram sozinha de novo.

Eu sentia a cabecinha coroando e voltando. O Julio chegou e se assustou por eu estar sozinha, não entendeu nada. Ele esperava algo parecido com a cesárea, esperava que ia assistir e não participar. Eu não consegui explicar nada do que eu tinha passado, só disse pra ele ficar ali comigo, e ele ficou. Na próxima contração o bebê coroou.

[É impressionante o controle que a gente tem do períneo, coisa que eu nem sonhava. Eu estava “segurando” o bebê já há algumas contrações, quando me vi segura, relaxei o períneo para que ele coroasse. Se eu estivesse anestesiada não teria esse controle] 

Pedi pro Julio olhar:

“Julio, olhe lá, saiu a cabecinha…”
“Meu Deus, saiu a cabeça, o que que eu faço, vou chamar alguém!!!”
“Não, calma, tá tudo certo, é assim mesmo, não chama ninguém. Pega aquele pano e se prepara porque na próxima contração vai sair o bebê inteirinho e você precisa segurar.”
“Mas não é melhor eu chamar o médico, e se acontecer alguma coisa?”
“A única coisa q vai acontecer agora é esse bebê nascer! Se prepara que é agoraaa…”

Veio a contração, sem dor nenhuma, só a vontade de empurrar. Senti o Otto saindo inteirinho de dentro de mim. Um alivio indescritível. Uma sensação de poder, de domínio do meu corpo, coisa que eu jamais havia sentido antes. Eu só pensava que se eu fiz isso, eu faço qualquer coisa!

O Julio pegou o Otto, enrolou no pano e me deu. Encolhidinho, chorou forte, alto. Eu estava em êxtase.



“Agora eu vou chamar um médico, Vanessa…”
“HAHAHA, agora você pode chamar quem você quiser!”

Entraram todos, obstetra plantonista, enfermeiras, pediatra…

Pedi pra ficar com o bebê por um tempo, eu queria dar o peito antes de levarem ele para os exames. O pediatra concordou. Sugeriu que eu tirasse a roupa e colocasse o bebê em contato com a minha pele e assim tentasse amamentar. Fiquei com ele um bom tempo assim.

[As evidências mostram que amamentar o bebê na primeira hora de vida, assim como colocá-lo diretamente na pele, favorece a descida do leite e a criação de vínculo entre a mãe e o bebê.]

 O obstetra disse que precisava tracionar a minha placenta, que ainda não havia “nascido”. Eu neguei.

“Eu queria esperar ela sair naturalmente, com as contrações”
“É que as vezes ela não sai sozinha e é preciso dar uma puxada”
“Vamos esperar pelo menos mais uma contração então”
“Mas não tem porque esperar…”

Eu estava cansada demais pra continuar aquela discussão, por sorte o pediatra que estava na sala ouviu e interferiu:

“Doutor, faz o que ela tá pedindo, não custa…”

A contra gosto ele esperou e a placenta saiu inteira na primeira contração.

Não satisfeito, ele queria cortar o cordão desesperadamente. Eu pedi pra esperar parar de pulsar. Ele argumentou. O pediatra novamente interferiu.

“Dá pra esperar sim, vamos esperar”

[Enquanto o cordão está pulsando, o sangue da placenta está indo para o bebê, o que previne a anemia no recém nascido.]

Depois de cortado o cordão, fiquei ainda alguns minutos com o Otto nos braços, amamentando.

Pouco antes de levarem ele para pesar e examinar, chegou o meu obstetra, esbaforido e se desculpando. Não havia do que se desculpar, nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria que meu trabalho de parto fosse ser tão rápido. Ele demorou cerca de meia hora, mas já era tarde. Ele me examinou para ver se não havia laceração. Nada. Uma pequena escoriação, mas que não seria preciso nenhum ponto. O Julio foi com o pediatra acompanhar os procedimentos no bebê e depois nos encontramos no quarto.

...........

O Otto nasceu às 6h da manhã do dia 30/01/14, com 3750g e 52cm, apgar 10 e 10, de 41 semanas e 5 dias de gestação, depois de 4 horas de trabalho de parto sem nenhuma intervenção médica, aparado pelo pai em um parto natural hospitalar desassistido.

33 comentários:

  1. Uau!!! Que lindo Vanessa! Você é um exemplo!

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  2. To chocada Vane. Em que pais vc esta mesmo ? deve estar bem longe de uma capital evoluída então...Que descaso !!!! total estado de choque !! Jamais imaginei q tinha sido desta forma. Acho sim q vc deveria postar qual hospital que foi essa barbaridade. Esquecendo todo esse descaso absurdo vc realmente é uma guerreira . Parabens com todas as minhas forças, que Deus abençoe vc, seu pequeno Otto, o Tales e seu marido. Beijos

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    1. Isso acontece em todos os Hospitais do Brasil, é dificil lutar contra esse Sistema Opressor que nos obriga a ter um parto cesareo, que nao acolhe a mulher e passou pela geração de nossas maes traumatizando-as e fazendo com que nos, filhas, tenhamos um medo incontrolavel do parto normal. Tambem faz medo mesmo ser obrigada ou burramente convencida a uma cesariana.

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  3. Queria muito poder te dizer que o que eu passei foi uma excessão. Mas não, violência obstétrica é regra nessa país. Os profissionais não sabem atender parto, seguem uma cartilha desatualizada e violenta. Não é de se estranhar que 99% das histórias de parto normal que a gente ouve por aí é recheada de medo, dor, mutilação e traumas.
    Eu ganhei meu bebê na Maternidade Curitiba. Em uma maternidade em que a taxa de cesárea passa dos 90% é de se esperar que a equipe plantonista não saiba NADA de parto, né? Mas aposto que são excelentes cirurgiões.
    Em Curitiba existem pouquíssimos médicos que acompanham parto normal, a maioria te engana dizendo q faz parto mas no final te engana e te leva pra uma cesárea desnecessária, pra não bagunçar a agenda e não precisar levantar da cama de madrugada. Há também os que até fazem parto, mas que não pode ser chamado de normal, pq seguem essa mesma cartilha desatualizada. Eu indico o médico que eu queria que estivesse comigo, Dr. Alvaro Silveira Neto. Humanizado de verdade, respeita o protagonismo da mulher, te encoraja a confiar no teu corpo. Ele me incentivou muito e mesmo não tendo conseguido chegar em tempo, indico de olhos fechados por todo o apoio que recebi dele no pré e no pós parto.

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    1. Olá Vanessa
      sou gestante de 34 semanas e estou fazendo acompanhamento com o Dr. Alvaro e vou ganhar bebe na Curitiba também!
      Fiquei assustada com teu post pois o que aconteceu com você pode acontecer com qualquer mulher, você realmente é uma guerreira!...
      sabe me dizer quem foi o Pediatra que recebeu o Otto? Achei a atitude dele super humana!...
      se puder me falar o nome do plantonista (obstetra) tambem vai me ajudar pois se ele estiver no dia que eu for lá vou saber como agir !...
      Obrigada e PARABENS!

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    2. Oi Jocelyn,
      Você está em boas mãos, indico o Alvaro sem sombra de dúvidas! Quanto ao pediatra, foi o Dr. Jeferson Puppi que nos atendeu. Ele teve uma conduta muito respeitosa e humana. Infelizmente eu não sei o nome do obstetra plantonista, acredita? Pra vc ver o quanto ele foi importante... hehehe... Mas te garanto que se vc perguntar pro Dr. Alvaro ele sabe, pois falamos muito dele nas consultas depois do parto. Uma boa hora pra você!

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    3. Vanessa, o Dr. Alvaro tb assistirá meu parto.
      Ainda não acertei com o pediatra, vc escolheu o dr. Jeferson? Quais os procedimentos ele realizou com o seu bebê?
      Agradeço!
      Mariana

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    4. Não escolhi, ele era o plantonista e foi ótimo. Eu não queria que desse banho, ele respeitou. Só tirou o Otto de perto de mim pra pesar e vestir, durou poucos minutos e meu marido acompanhou tudo. O dr. Jeferson foi uma grata surpresa, considerando toda a patifaria da equipe plantonista. Indico muiito!

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    5. Quanto aos procedimentos, mais fácil dizer o que ele não fez: não aplicou colírio de prata, não deu banho, não aspirou, não deixou o bebê no berçário enquanto eu me recuperava pra ir pro quarto... meu marido chegou com o bebê no quarto antes mesmo de mim...

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  4. Uau!!!!! Que incrível!! Qt poder! Parabéns pela força e coragem pra enfrentar o sistema. Sempre que leio relatos de mulheres que sofreram violências das quais vc poderia ter vivido, fico arrasada. E penso que se qd eu for parir tiver de ir pra um hospital sem o médico, agiria igualzinho a vc. Parabéns a vc e seu filhote! :)
    Ameeeeei seu relato!
    Bj grande.
    Ps: Ao invés de encher o saco, rir, querer colocar soro com ocitocina, te obrigar a deitar, eles não poderiam, pelo menos, auscultar seu bebê? Aposto que se quisessem fazer isso, te pedisse com educação e delicadeza, vc jamais recusaria, né?! Ê, povinho, viu?! :/

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    1. Me chamo Liza Nunes (lizanunes@gmail.com)
      Como não tenho conta aqui, coloquei pra identificar a do google, mas apareceu como desconhecido. Mas sou eu mesma quem fez o comentário acima! :)

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  5. Essa é corajosa mesmo.Parabéns por exigir o que é seu de direito.
    Bjs
    Sissi

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  6. Bom, só posso dizer uma coisa: lindo relato, vc é a prova do poder das mulheres, regado não de prepotência, mas sim de amor, de fé, de intuição, de coragem. Parabéns, vou divulgar pra muitas famílias perceberem o quanto este processo é natural, seguro se for respeitado e sem intervenções desnecessárias e sobretudo, lindo demais!

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  7. Vanessa!! Li seu relato e estou embasbacada, impressionada como o sistema pode ser bruto com uma mãe (não que seja novidade, acompanho o movimento pela humanização do parto há mais de um ano e sei que é uma luta diária) e encantanda, admirada e sem conseguir organizar as palavras para te dizer o quanto o seu relato é inspirador, encorajador, bonito de ver a força de uma mãe empoderada, e a única coisa que consigo escrever mais é "Obrigada, Vanessa", pela generosidade em compartilhar a sua história e por fazer a diferença!
    Um abraço para você, Otto e Julio!!!

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  8. OI Vanessa.... amei o relato do seu parto. Apesar de não ser o parto 'perfeito', foi o mais próximo disso que você conseguiu. Tenho 2 filhos, ambos de parto normal, mas cheios de intervenções (ocitocina, episio (na 1°) e analgesia). Gostaria MUITO de ter o terceiro e tentar o parto natural.
    Imagino a tua coragem em 'peitar' a todos do hospital e tentar protagonizar ao máximo o teu momento. Parabéns!
    Adorei teu blog. Me identifiquei muito com vários textos.
    E mais legal ainda em saber que vc é de Ctba.
    Mais uma vez, parabéns pelos filhotes e uma coisa, escreva mais, vc escreve muito bem!
    Beijos,
    Fer

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  9. Parabéns, Vanessa! Que garra! Que Deus continue abençoando você, seu marido e filhos.

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  10. Amei seu relato vou mostrar para meu esposo estou em minha 1°gestação com 23 semanas e quero parto normal, minha GO não vai fazer meu parto pq meu convenio tem umas politicas estranhas e isso me deixava bem insegura, mas seu relato me mostrou do q somos capaz e q podemos sim estou muito emocionada e feliz...

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  11. Queria ter tido a coragem de esperar no meu primeiro parto.. mas como muitas.. fui levada na corrente e tive meu parto roubado... pretendo assin como vc tentar um PN na proxima.. bjse continue encorajando e empoderando muitas.. bjus

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  12. Meus parabéns guerreira, mulher com M maiúsculo! :)

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  13. Vanessa, me emocionei com o seu relato. Estou com na trigésima quarta semana de gestação, tudo indo tranquilamente, graças à Deus. Preciso confessar que você me fez sentir mais poderosa hoje. Eu fiz questão de ler pro meu marido. E disse: essa tia é fudida. Serei como ela. O parto é meu. E ninguém vai tirar isso de mim. Meu marido entendeu dizendo estarei lá com você te ajudando, você é forte…
    Queria deixar o meu muito obrigada, Vanessa. Aproveito pra comentar que você escreve muitíssimo bem. Ganhou mais uma seguidora :)
    Que você e sua família tenham um excelente final de semana! Até mais!

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  14. Muito lindo e emocionante, porém vc não pode dizer q foi desassistido, pois seu marido queria chamar os médicos e vc não deixou.

    Parabéns pelo lindo trabalho de parto!

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  15. ha e, e quem cortou o cordao umbilical,podem me dizer?

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  16. achei seu blog como por acaso e lendo seu parto fique imaginando se teria a coragem que teve. Minha maior frustração quando meu filho nasceu foi não poder segura-lo nas primeiras horas de vida. Sim tive uma cesária, meu pequeno nasceu as 18:31 e eu só pude ve-lo mesmo as 4 hs da manha. Isso me deixou muito triste, até porque quando ele veio não quis mamar, e na minha cabeça e no meu coração eu sinto que deram mamadeira pra ele. Depois que vi o vídeo do parto a coisa piorou, deixaram meu bebe sem roupa, numa especie de encubadora só que aberta, por mais de 2 horas (assim me conta minha irma) ele ficou chorando chupando o dedinho. Pra mim é frustrante!

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  17. Demais!! s2 Amei o relato, é mesmo um momento mágico e único.
    Espero que possamos parir mais "desassistidamente" e menos desumanamente.

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  18. Chorei!!! Senti sua emoção e quando tiver o meu, espero ser emocionante assim!!!

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  19. Estou maravilhada com teu relato! Aprendi muito!!! Parabéns pela ousadia e autoconfiança! Vou anotar o nome desse Álvaro para quando precisar rs

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  20. Amei esse parto e sempre volto aqui pra ler, estou gestante, não sei de quantas semanas ainda, mas quero muito consultar com dr alvaro, vanessa sua garra me empondera!!!

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  21. Amei o seu depoimento e sua força ao resistir esses idiotas que não sabem o que é um parto de verdade. Estou com 13 semanas e penso seriamente em ter com parteira em casa. Até o momento tudo corre bem nas ecografias e exames. Não quero passar por esse descaso e ignorância. Parabéns você foi fantástica e muito segura do que queria e pelo seu depoimento da para ver que tem muito conhecimento. Recomendo o filme Renascimento do Parto de 2013. Vai se identificar. Parabéns novamente. Grande abraço. Qual foi a maternidade?

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  22. Amei seu relato de parto! Estou pesquisando médicos de verdade e apareceu seu blog por causa do Dr. Álvaro. Espero conseguir na minha segunda gestação o que não tive forças para brigar na primeira.
    Segundo minha médica, eu não tive dilatação e a cesárea era muito necessária. Estou grávida novamente e quero ter a sua coragem para brigar pelo meu parto normal.
    beijo e obrigada por compartilhar. Taya

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